A vida, segundo Kierkegaard

'A vida só pode ser compreendida se olharmos para trás, mas deve ser vivida para frente...'
Diários, Soren Kierkegaard.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Culpados


O que acontece, quando tudo que você acredita,
Escapa por entre seus dedos,
Como se fosse líquido, como se não lhe pertencesse.

Não culpe ninguém.
Não são eles que estão com medo, é você.
Você é o único que está perdido, é você quem sofre,
Por causa da vergonha, da sua vergonha.

Você só queria que as coisas dessem certo
E não olhou para as marcas no chão
O chão coberto de poeira, a sua poeira
A poeira do seu passado

E você tem vergonha daquilo que é
Porque alguém disse que está errado
Mas o que há de errado?
Apenas o seu medo, eles te ouvem tremer
E não fazem nada, pois não podem sentir a dor por você

As cortinas estão abertas para a solidão
Os raios estão invadindo o tapete da sala
Eles podem ser sua única companhia
Junto com a dor de seus sonhos

Os sonhos que você não alcançou
E eles vão te culpar pelas perdas
E não irão te abraçar apertado
E você vai continuar com medo.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009


Desculpe-me se não sei por quanto tempo
Ou se é por bem ou se é por mal
Mas esta noite sonhei com seu sorriso
Desnorteando minha visão, longe de condutas
Alegres ou tristes

Senti sua pele me tocando de leve, um arrepio nervoso
O que há comigo? O que pode estar acontecendo?
Desde que meus sentimentos ganharam liberdade,
Não param um segundo de clamar suas carícias

E a todo o momento, minhas mãos te chamam
Por debaixo das luvas, por entre as carnes
Um desejo, um incontrolável desejo impuro
Como aventureiros, eles tecem o prazer

De repente, os momentos são poucos
A vida é curta para tudo que ainda se pode fazer
E se tem pressa, pois somos jovens
Não podemos esperar o anoitecer

O sol se pondo, a música leve, eu e você, devagar...
Vamos sumindo aos poucos, quando não houver mais horizonte
Nossas pegadas estão ali, desenhadas na areia, sendo levadas pelo vento
Mas eu posso ouvir a canção de amor, executada nos acordes da alma

E as lembranças vêm depois se vão, com algumas farpas
Os corpos molhados em meio à relva, com a luz fosforescente a iluminar
Nem todo amor é bucólico, nem todas as pessoas são românticas
Mas qualquer um sabe amar

About Me

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Estudante de Direito, Escritora nos momentos de melancolia, melhor amiga nos momentos de felicidade e flamenguista sofredora.