A vida, segundo Kierkegaard
Diários, Soren Kierkegaard.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Meu amigo Teddy
Ela não é nenhum demônio. Tudo que ela faz, é tentando me proteger. Ela vive minha vida, ela tem o meu caráter, ela sabe todos os meus passos. Ela é eu.
Ela está dentro de mim, mas não pode me dominar. Eu a uso quando quero. Quando quero um pouco de coragem, um pouco de ousadia, quando preciso ser mais direta. Lá está ela, todas as vezes que preciso.
Ela é quem eu não consigo ser. É como se eu a tivesse criado com minha mente insana, apenas para vencer meus medos. Mas acabei por liberar outro lado. Assim, ela também tem seus medos. Ela teme meus sonhos, não quer que eu me iluda com as pessoas, pois não confia nelas e diz que as conhece mais que eu. Mas eu tenho esperança que meus sonhos não sejam mera ilusões. E que as pessoas são elas mesmas, não estão aí apenas para ‘curtir’, como ela mesma diz, ou para nos enganar.
Posso ser a sonhadora e ela a realista, mas somos uma só e nos completamos. Uma hora uma de nós acaba sendo flexível e aderindo à opinião da outra. Convencer-me de algo pode até ser fácil, o desafio é com ela, afinal, a vida para ela é um jogo.
Não te posso dizer que conhece apenas a mim, por que eu a sinto em minhas veias e ela não está apenas quando me domina, mas sempre que meu olhar disser mil palavras. Não a encare como outro eu, apenas como uma parte mais ousada de meu ser.
Mas ela sorri de lado.
Não confie em quem sorri de lado.
domingo, 17 de agosto de 2008
E eu sonho; Apenas isso.
Há sonhos esperando uma realização,
Há momentos esperando para serem vividos,
Há pessoas esperando para serem amadas,
Há dúvidas esperando para serem explicadas,
Há corpos esperando por uma carícia,
Há bocas pedindo por um pouco de malícia.
Aqui dentro,
Há um coração duvidoso querendo respostas sobre si,
Há um segredo que insiste em não ser revelado,
Há um medo que não é deixado de lado,
Há explicações esperando para destruir a dúvida,
Há um corpo que não quer sentir, mas sente. O desejo lascivo.
Há pequenas insinuações esperando serem entendidas,
Há carícias esperando um pouco de vida.
Brena Laielen da Silva Oliveira.
sábado, 9 de agosto de 2008
Uma carta à meu Pai
Querido papai,
Lembra-se do dia em que me ensinou a andar de bicicleta? Eu, com aquele meu nervosismo e ansiedade, achando que poderia cair a qualquer momento. E então o senhor me segurou, pegou-me pelo braço e disse que me protegeria. Àquele momento senti-me segura, confiante, tive forças para enfrentar o mais terrível dos monstros de minha infância.
E acreditei em mim.
Mas ainda assim, caí. Machuquei-me. Enchi os olhos d’água e esperei um abraço seu para preencher seu colo com meu pranto. Mas o senhor nada fez. Apenas me disse para levantar e tentar outra vez.
Pai, se um dia eu errei, foi você quem me ensinou que deveria levantar e encarar os problemas de cabeça erguida. E o mais importante, nunca desistir de meus sonhos. Hoje vejo quão parecida sou com o senhor. Há mais de você em mim do que eu possa imaginar.
Pai, se hoje choro é por que você me ensinou que devemos ser fortes, mas nunca guardar uma mágoa. Ainda assim, farei como naquele dia. Levantarei, e tentarei novamente.
Obrigada, Pai. Você é e sempre será, meu herói e meu amigo.
À espera de um beijo
' As respirações confundiam-se devido tamanha proximidade dos lábios. Ainda assim, não se tocavam. Apenas sentiam a breve sensação do arrepio ansioso. A pouca distância aumentava o perigo, aumentava os pensamentos insanos, que borbulhavam à espera de uma pequena ação. Um único movimento que acabaria com a ansiedade e faria o coração bater mais leve.
O não saber mexia com os pensamentos.
A indecisão era a inimiga.
Os olhos vidrados na boca um do outro. Em seus pensamentos, eles já se tocavam. Mas os impulsos eram controlados. Por mais que todo o corpo pedisse por aquele momento, e até mesmo a alma precisasse daquela essência. Sim, a alma. Embora pura e casta, necessitava daquilo como alimento para o ser existencial. E o corpo, era filho da natureza, e por adequação, agia apenas em extintos e impulsos.
Juntos, corpo e alma formavam não apenas o desejo, mas todo o significado da palavra Amor.
‘ Então, eles cerraram os olhos e àquele momento, corpo e alma falaram mais alto. Os lábios tocaram-se num contato firme, lascivo, ansioso. Pareciam ter apenas aquele momento para si. Para entregar um ao outro o amor que sentia.
Mais nada importaria. Apenas eles, os contatos generosos um do outro e a noite fria e solitária que fazia fora daquele farol.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
o Trágico sentido das coisas;
About Me
- ' Laielen'
- Estudante de Direito, Escritora nos momentos de melancolia, melhor amiga nos momentos de felicidade e flamenguista sofredora.