A vida, segundo Kierkegaard

'A vida só pode ser compreendida se olharmos para trás, mas deve ser vivida para frente...'
Diários, Soren Kierkegaard.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009


Desculpe-me se não sei por quanto tempo
Ou se é por bem ou se é por mal
Mas esta noite sonhei com seu sorriso
Desnorteando minha visão, longe de condutas
Alegres ou tristes

Senti sua pele me tocando de leve, um arrepio nervoso
O que há comigo? O que pode estar acontecendo?
Desde que meus sentimentos ganharam liberdade,
Não param um segundo de clamar suas carícias

E a todo o momento, minhas mãos te chamam
Por debaixo das luvas, por entre as carnes
Um desejo, um incontrolável desejo impuro
Como aventureiros, eles tecem o prazer

De repente, os momentos são poucos
A vida é curta para tudo que ainda se pode fazer
E se tem pressa, pois somos jovens
Não podemos esperar o anoitecer

O sol se pondo, a música leve, eu e você, devagar...
Vamos sumindo aos poucos, quando não houver mais horizonte
Nossas pegadas estão ali, desenhadas na areia, sendo levadas pelo vento
Mas eu posso ouvir a canção de amor, executada nos acordes da alma

E as lembranças vêm depois se vão, com algumas farpas
Os corpos molhados em meio à relva, com a luz fosforescente a iluminar
Nem todo amor é bucólico, nem todas as pessoas são românticas
Mas qualquer um sabe amar

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Estudante de Direito, Escritora nos momentos de melancolia, melhor amiga nos momentos de felicidade e flamenguista sofredora.