A vida, segundo Kierkegaard

'A vida só pode ser compreendida se olharmos para trás, mas deve ser vivida para frente...'
Diários, Soren Kierkegaard.

terça-feira, 30 de setembro de 2008



- E eles viveram felizes para sempre.


Até que ela resolveu traí-lo com seu terapeuta másculo e cheiroso. Mas a culpa não foi dela, ele é que se tornou cafona demais para ela querê-lo na cama.

É. Já chega de sempre assistir aos mesmos clássicos filmes, onde mocinha e mocinho sempre terminam juntos no final. Quando você cresce percebe que o príncipe não tem graça e que uma hora ou outra você vai querer que um lobo mal apareça na história.
Depois de um tempo, você não vai se interessar por aquele que te manda flores, recita poemas e envia cartas românticas. Aliás, homens assim não existem. E não adianta achar que encontrou uma peça rara, pois ele vai acabar mostrando suas garrinhas. No máximo, o que chega mais perto do “romântico” é aquele que liga todos os dias, diz algumas palavras que te fazem passar o dia inteiro pensando e ainda coloca algumas declarações no Orkut. Você vai pensar, “posso me acostumar com isso”. Mas não, chega um momento em que aquilo não pode mais durar. Ou melhor, você não consegue aturar.
É ridículo pensar assim, mas talvez o romantismo não esteja mais “na moda”. E é claro, o que não está na moda não interessa às mulheres. Daí você se vê perdida em pensamentos sobre aquele que te deixa vários dias sem uma ligação, ou mesmo quando ele demora à responder no MSN. É muito típico das mulheres se interessarem por aqueles que elas julgam “uma aventura”. Elas não têm fantasias sexuais com homens de óculos lhe fazendo serenatas, e sim com os velhos e bons bombeiros, policiais, Tarzan, e até piores, depende da criatividade de cada uma.
- Nosso amor já não é o mesmo de anos atrás. Estou fazendo isso por nós dois.

É o que você vai dizer a ele quando resolver largá-lo por dois metros de músculos e testosterona pura. Às vezes alguns anos mais novos, às vezes sequer precisam dos músculos. Apenas aquele jeito no olhar, na forma de falar, de se vestir. E ele vai te seduzir, vai te levar ao delírio, e no outro dia, você nem saberá dele.

Brena Laielen da Silva Oliveira

domingo, 28 de setembro de 2008

Consumistas


Consumistas

De todas estas coisas,
Que você compra no supermercado,
Metade te mata,
E sem a outra, você não vive

O consumismo está à solta,
E o ser humano corre atrás,
Como cenário de Dalí,
Tudo se desmancha, e não vale mais

As formas lúgubres que assustam,
Não são magras ou desnutridas,
Não são fracas ou esbeltas
São obesas e pesadas

Uma nova raça “homo obesus” começa.

O ser consome.
Consume.
E come.
Ele tem fome.
E mesmo que não tivesse,
Ele comeria.

Pois o dinheiro em seu bolso pesaria.
Uma voz dentro dele gritaria:
- Gaste! Consuma!
Consuma até você não agüentar mais.

Pegue em minha mão, moço
Vamos ao supermercado
Pela manhã te preparo algo diet.
Com sabor deliciosamente industrializado
E a vida continua...


Por Brena Laielen

sábado, 20 de setembro de 2008


A jura

Hoje, faço-te esta jura,

Haja o que ouver, venha quem vier

meus versos serão sempre seus


Não consigo escrever para outra pessoa
E caso um dia isso aconteça

Sentirei-me como se traísse alguém

E se tudo agora jaz,
Não quero me perder na solidão

Onde só há cinzas, jamais fogo

De algo que ignoro ser capaz


Sinto que não posso fazer

O que o coração me traz

E nada tendo, e nada pondo,

Vejo minha alma esvaecer


E por que não olhar para trás?

O princípio retoma ao fim na vitória,

E vejo espasmos nas juras fundamentais.

Juras nas noites de amor que não tivemos

Embriagados pelo luar, e pela melodia,
Ouço ecos de frequentes batidas no coração,

E um futuro incerto que me traz melancolia.

Brena Laielen da Silva Oliveira

domingo, 14 de setembro de 2008


O Fim

Queria tanto ter acreditado

Em mim, em você

Na nossa história
E em todo nosso passado


Queria mesmo ter aceitado

As propostas que não fizemos

Os sonhos que não sonhamos

A vida que não vivemos


Por que só hoje?

Por que não antes?

Eu poderia ter vivido uma ilusão
Você seria meu surreal


Mas o tempo se foi, nossa canção terminou

De você, só quero saber uma verdade

Se pudéssemos voltar no tempo,

Seria diferente?


Já chegou a pensar que,

O fim possa ser um novo começo?

About Me

Minha foto
Estudante de Direito, Escritora nos momentos de melancolia, melhor amiga nos momentos de felicidade e flamenguista sofredora.