Eu o fitei por uma última vez, penetrante, tentando captar os resquícios de certeza dentro dos olhos estreitos, mas nada pude perceber.
Apenas, que o ser humano é incerto.
Não sabe pensar por si, e seus discursos são sempre cópias inerentes ao contraditório de outras mentes ainda mais perturbadas. Num certo ponto, num ano qualquer, alguém pensou diferente e foi taxado de louco. Anos depois, seus pensamentos eram lidos e passados para muitos, e embora você não saiba, mas em sua mente corre um pensamento de uma mente insana, mas que com o correr dos anos foi idealizado, difundido e concretizado.
Algo que não parecia ter sentido, vem preencher as cabeças do futuro, que lhe dá novos caminhos, que lhe aperfeiçoa e o torna ainda complexo em sua supra-realidade. Como não dizer então, que a sociedade em que vivemos não seja fruto de mentes insanas?
Afinal, que certeza ele poderia ter?
Era apenas um jovem tolo, que bebia Coca-Cola e falava estrangeirismos. Suas únicas leituras eram o cardápio de batidas do barzinho que freqüentava, e os poucos recados deixados na geladeira por sua mãe.
Levado pelos estigmas da sociedade, seus conhecimentos são idealizados pelos meios de comunicação, que distorcem a realidade e enchem as cabeças humanas de futilidades, apenas para vender ainda mais.
Não há tempo para pensar por si, a sociedade já decidiu por ele. E o capitalismo, cada vez mais explícito, atua em sua vida e o torna ignorante, porém, bem-sucedido.
Não perceberia, mas se tornaria uma cópia de seu pai, e apenas um cadáver: rico, e com falsa intelectualidade.
Entretanto, seria feliz.
Em sua ignorância, não poderia compreender porque, mas a satisfação de ter sido igual a todos seria a base para sua patética felicidade. Deixaria de lado seus pensamentos, ou mesmo os esqueceria durante a juventude e, assim, teria aquela felicidade clichê, a qual todos procuram, mas ninguém admite não senti-la.
Ele pensava assim. Qualquer sacrifício que fosse seria necessário para encaixá-lo na sociedade capitalista que lhe traria a tão esperada felicidade. Por isso não seguia seus impulsos, não corria atrás daquilo que realmente queria.
E, talvez por isso, tenha me deixado parada, perplexa diante de tamanha incerteza e tenha apenas seguido, mesmo que tivesse a cabeça cheia de dúvidas. Por Deus, se ao menos ele estivesse certo daquilo que fazia, talvez pudesse me convencer, ou a ele mesmo. Mas como já foi dito no começo, não havia sequer indícios de certeza em seus olhos.
Ele apenas seguia, dando-me as costas sem mesmo saber por quê.
Apenas, que o ser humano é incerto.
Não sabe pensar por si, e seus discursos são sempre cópias inerentes ao contraditório de outras mentes ainda mais perturbadas. Num certo ponto, num ano qualquer, alguém pensou diferente e foi taxado de louco. Anos depois, seus pensamentos eram lidos e passados para muitos, e embora você não saiba, mas em sua mente corre um pensamento de uma mente insana, mas que com o correr dos anos foi idealizado, difundido e concretizado.
Algo que não parecia ter sentido, vem preencher as cabeças do futuro, que lhe dá novos caminhos, que lhe aperfeiçoa e o torna ainda complexo em sua supra-realidade. Como não dizer então, que a sociedade em que vivemos não seja fruto de mentes insanas?
Afinal, que certeza ele poderia ter?
Era apenas um jovem tolo, que bebia Coca-Cola e falava estrangeirismos. Suas únicas leituras eram o cardápio de batidas do barzinho que freqüentava, e os poucos recados deixados na geladeira por sua mãe.
Levado pelos estigmas da sociedade, seus conhecimentos são idealizados pelos meios de comunicação, que distorcem a realidade e enchem as cabeças humanas de futilidades, apenas para vender ainda mais.
Não há tempo para pensar por si, a sociedade já decidiu por ele. E o capitalismo, cada vez mais explícito, atua em sua vida e o torna ignorante, porém, bem-sucedido.
Não perceberia, mas se tornaria uma cópia de seu pai, e apenas um cadáver: rico, e com falsa intelectualidade.
Entretanto, seria feliz.
Em sua ignorância, não poderia compreender porque, mas a satisfação de ter sido igual a todos seria a base para sua patética felicidade. Deixaria de lado seus pensamentos, ou mesmo os esqueceria durante a juventude e, assim, teria aquela felicidade clichê, a qual todos procuram, mas ninguém admite não senti-la.
Ele pensava assim. Qualquer sacrifício que fosse seria necessário para encaixá-lo na sociedade capitalista que lhe traria a tão esperada felicidade. Por isso não seguia seus impulsos, não corria atrás daquilo que realmente queria.
E, talvez por isso, tenha me deixado parada, perplexa diante de tamanha incerteza e tenha apenas seguido, mesmo que tivesse a cabeça cheia de dúvidas. Por Deus, se ao menos ele estivesse certo daquilo que fazia, talvez pudesse me convencer, ou a ele mesmo. Mas como já foi dito no começo, não havia sequer indícios de certeza em seus olhos.
Ele apenas seguia, dando-me as costas sem mesmo saber por quê.
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