A vida, segundo Kierkegaard

'A vida só pode ser compreendida se olharmos para trás, mas deve ser vivida para frente...'
Diários, Soren Kierkegaard.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Honestopia

Nunca se falou tanto em ética quanto nos dias atuais. No entanto, quantas pessoas conhecemos as quais podemos julgar honestas suas atitudes? Se conhecermos meia dúzia, conhecemos muitas, pois somos, sim, todos corruptores ou corrompidos.
Pensar numa sociedade honesta é sinônimo de fantasia, pois o indivíduo, desde as primeiras civilizações, acomodou-se a ser “ufanista ignorante” ou, pior ainda, “rebelde ignorante”. Deixe-me explicar: o primeiro tende ao lado nacionalista exacerbado, vê a nação como uma deusa, defendendo-a sob quaisquer circunstâncias, mas sequer sabem que o IDH está aumentando ou que o Brasil sairá ileso da crise mundial. Já os “rebeldes ignorantes”, sempre atacam o governo, exaltam as outras potências, mas se perguntarmos, jamais saberão dizer que o bolsa família acomoda as pessoas a não trabalharem, que as olimpíadas terão gastos enormes, ou que o sistema educacional ainda é precário.
É importante saber sobre estas pessoas, pois são elas quem formarão o cenário ético nacionalista, assim, chega de fantasiar, precisamos da realidade e saber o que fazer com ela. Propomos, então, um pouco mais de informação no alimento dos brasileiros, já que o arroz e feijão já não são o suficiente. Esse conhecimento produzirá uma sociedade onde o indivíduo será capaz não apenas de levantar ou abaixar a cabeça, mas de criticar ou exaltar com argumentos, com uma opinião própria que será a base de sua ética, de seus valores como cidadão.
Alguns, com sua honestidade, se sobressairão perante os outros indivíduos, pois haverá um lugar-comum sem espaço para corrupção ou falso moralismo, onde sua ética nacionalista nunca o deixará sozinho.

Um comentário:

silvioafonso disse...

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Lindo texto, mesmo sabendo que
na política, critica quem está
fora.
O brasileiro precisa urgentemente
de educação para aprender
a conviver entre irmãos e a votar;
diriam os bem informados. Eu, no
entanto, acredito que o próprio
brasileiro faz questão do seu
analfabetismo político e cultural
ou será que o professor
Cristovam Buarque
não se
candidatou à presidência desta
bagaça e obteve 1% (um por cento)
de todos os votos? Quando o governo
paga bem ao seu funcionalismo,
certamente terá dele o seu voto.
Quando uma classe tem bom salário
o governo é ótimo e o resto que se
dane. Farinha pouca, meu pirão
primeiro, caso contrário, lutam por
sua troca. Em suma, nós, a
maioria, temos o governo que
merecemos e até voltaremos a pintar
a cara
quando acharmos conveniente.
Eu sei que as escolas deveriam,
ter a mesma atenção que o governo
dá as agências do Banco do Brasil
que têm a mesma cara em cada
cidade, estejam elas aonde
estiverem.
Infelizmente não é assim e a gente
não faz a menor questão em mudar
o quadro.

silvioafonso.










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Estudante de Direito, Escritora nos momentos de melancolia, melhor amiga nos momentos de felicidade e flamenguista sofredora.