' As respirações confundiam-se devido tamanha proximidade dos lábios. Ainda assim, não se tocavam. Apenas sentiam a breve sensação do arrepio ansioso. A pouca distância aumentava o perigo, aumentava os pensamentos insanos, que borbulhavam à espera de uma pequena ação. Um único movimento que acabaria com a ansiedade e faria o coração bater mais leve.
O não saber mexia com os pensamentos.
A indecisão era a inimiga.
Os olhos vidrados na boca um do outro. Em seus pensamentos, eles já se tocavam. Mas os impulsos eram controlados. Por mais que todo o corpo pedisse por aquele momento, e até mesmo a alma precisasse daquela essência. Sim, a alma. Embora pura e casta, necessitava daquilo como alimento para o ser existencial. E o corpo, era filho da natureza, e por adequação, agia apenas em extintos e impulsos.
Juntos, corpo e alma formavam não apenas o desejo, mas todo o significado da palavra Amor.
‘ Então, eles cerraram os olhos e àquele momento, corpo e alma falaram mais alto. Os lábios tocaram-se num contato firme, lascivo, ansioso. Pareciam ter apenas aquele momento para si. Para entregar um ao outro o amor que sentia.
Mais nada importaria. Apenas eles, os contatos generosos um do outro e a noite fria e solitária que fazia fora daquele farol.
3 comentários:
aaaaaa o beijo. eu queria poder ganhar um assim sabe? calmo, sereno, apaixonado. sentir aquela coisa, aquela ansiedade antes do momento fatal. mas hoje beijos são rápidos demais, não dá tempo sentir o amor. não mesmo.
Flavinha, qnd a gnt aprende a gostar, por mais rápido que seja o beijo, você o sente especial ;D
Ah, mas hoje em dia ainda é possível. Acho que só depende da sintonia do casal. As vezes as pessoas nem se conhecem direito, mas o instinto comanda quase que coreografado.
Enfim, depende de muitas coisas...
A propósito, ótima "descrição". O beijo não é tal fácil de ser "descrito".
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